quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Círculo de Fogo



(Pacific Rim - Ação/Ficção Científica - EUA - 2013 - 131 min.)
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Travis Beacham e Guillermo Del Toro
Elenco: Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi, Idris Elba, Charlie Day, Max Martini, Burn Gorman, Rob Kazinsky, Ron Perlman, Clifton Collins Jr.

Escrito por Travis Beacham, com auxílio de Guilermo Del Toro, o roteiro acompanha a resistência humana depois que uma fenda no Oceano Pacífico abriu caminho para que criaturas monstruosas (conhecidas como Kaijus) invadissem o planeta, destruindo tudo o que veem pela frente. Como o ataque com armas convencionais acaba causando mais destruição do que o próprio inimigo, a humanidade se uniu para criar os Jaegers, robôs gigantes controlados por dois pilotos humanos que enfrentam os monstros de igual para igual. Quando esse programa de defesa começa a dar prejuízo, os governantes mundiais decidem aposentar os Jaegers para focarem seus orçamentos em outras formas de defesa. Os pilotos e robôs restantes são reunidos no Japão, onde um grandioso ataque deve acontecer em breve.

Mais do isso, o diretor abusa de planos em contra-plongée (com a câmera de baixo, apontando para cima) para não apenas destacar a grandiosidade daquelas criaturas, mas também apontar a insignificância e impotência do homem em relação àquilo. E mais, o cineasta ainda faz questão de mostrar a destruição causada pelos embates, mesmo que opte por esconder as (possivelmente) diversas mortes causadas em decorrência disso.

Mas apesar de todas as qualidades, Círculo de Fogo peca por não saber desenvolver os personagens e seus dramas pessoais. E ainda que também seja uma influência oriental – ninguém se importava muito com os humanos nos filmes do Godzilla – isso se torna contraditório uma vez que tal desenvolvimento é proposto durante a narrativa. O trauma do protagonista, a relação paternal entre o capitão e a jovem japonesa, ou o piloto arrogante que eventualmente vai aprender sua lição; está tudo ali, mas também não faria falta se não estivesse.


Apesar desses detalhes (ou defeitos, caso queira chama-los assim), Círculo de Fogo é a definição do filme blockbuster. É divertido, muito bem realizado, visualmente impecável, e entretém sem ofender a inteligência do público. Precisa mais alguma coisa?





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